O INSS instituiu na quarta-feira (19) um comitê estratégico para monitorar, avaliar e propor soluções visando reduzir a fila histórica de 2,8 milhões de requerimentos de benefícios. A medida responde diretamente ao crescimento de 23% no volume de novos pedidos recebidos pela autarquia, abrangendo aposentadorias, pensões e salário-maternidade.
O prazo estabelecido para conclusão dos trabalhos do comitê do INSS é 30 de junho de 2026. Dessa forma, o grupo terá aproximadamente sete meses para implementar estratégias efetivas de redução da fila que atinge segurados em todo território nacional. Além disso, o INSS argumenta que, apesar do aumento absoluto nos pedidos pendentes, o tempo médio para concessão de benefícios caiu para 35 dias.
Divisão das Pendências e Estratégias de Atuação
Dados oficiais mostram que 920 mil processos estão sob governabilidade direta do INSS e podem ser resolvidos imediatamente pela autarquia. Consequentemente, o comitê do INSS focará prioritariamente nesses casos que independem de fatores externos para conclusão e pagamento dos benefícios.
Entretanto, existem 1,9 milhão de pedidos com pendências externas que exigem soluções mais complexas. Esses casos envolvem ausência de documentação necessária, falta de cadastro biométrico e questões que dependem de providências dos próprios requerentes ou de outros órgãos públicos.
Reconhecimento dos Desafios Estruturais
O presidente do INSS, Gilberto Waller, reconheceu que apenas um terço da fila está sob controle direto do instituto. Portanto, a resolução completa depende de articulação com diversos atores externos, incluindo sistemas de saúde para perícias médicas e órgãos emissores de documentação.
O comitê também avaliará o impacto dos mutirões realizados pelos servidores para diminuir pendências. Adicionalmente, buscará propor melhorias sistêmicas nos processos de análise e concessão, visando maior eficiência operacional. A criação do comitê demonstra reconhecimento institucional da gravidade da situação enfrentada por milhões de segurados aguardando respostas sobre seus direitos previdenciários.
Fontes: Agência Brasil e Gov.br

