A fila do INSS atingiu o maior patamar da história em outubro de 2025, alcançando 2,862 milhões de pedidos pendentes. O número representa crescimento de 3,02% em relação a setembro e evidência agravamento da situação enfrentada por aposentados, pensionistas e segurados aguardando análise de benefícios por incapacidade.
De janeiro até outubro deste ano, o volume de novos pedidos cresceu 23%, com média mensal de 1,3 milhão de solicitações. A maioria das requisições concentra-se em benefícios por incapacidade temporária (1,3 milhão) e Benefício de Prestação Continuada (1,14 milhão). Dessa forma, o instituto enfrenta desafio histórico para processar demandas crescentes com recursos limitados.
Suspensão do Programa de Redução da Fila
O INSS suspendeu em outubro o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), criado especificamente para reduzir a fila de espera. A medida, confirmada pelo presidente do órgão Gilberto Waller Junior, ocorreu devido à falta de recursos no Orçamento federal para pagamento de bônus de produtividade a servidores e peritos.
Consequentemente, a promessa de campanha do presidente Lula de reduzir a fila do INSS enfrenta obstáculos significativos. Além disso, processos de BPC permanecem paralisados desde junho por causa de decisão judicial que determinou novas regras para cálculo do benefício, gerando espera média de 193 dias para quase 897 mil pessoas.
Medidas Para Enfrentar a Crise
O INSS reconhece a gravidade da situação, mas destaca que dois terços dos casos dependem de variáveis externas como perícia médica federal e atualização de sistemas para biometria. O maior problema concentra-se na região Nordeste, onde servidores de outras localidades deverão auxiliar na análise de processos virtuais.
A partir de 21 de novembro, torna-se obrigatória a biometria para novos pedidos de aposentadoria. Entretanto, o governo adiou para maio de 2026 a exigência do cadastro biométrico para outros benefícios como incapacidade temporária, pensão por morte e salário-maternidade. Adicionalmente, foi criado comitê específico para gerenciamento das filas e busca de soluções emergenciais.
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Fontes: Metrópoles e Jornal Nacional
